Seminário aborda preservação do patrimônio cultural
12/04/2013
Seminário aborda preservação do patrimônio cultural
Ação do projeto Cidadania Ribeirinha visa a capacitar a população para a proteção ao patrimônio do Norte de Minas.
Capacitar a população e agentes do poder público para a
preservação do patrimônio cultural dos municípios do Norte de Minas
banhados pelo Rio São Francisco. Com esse objetivo, foi realizado, na
manhã desta sexta-feira (12/2/13), o seminário Políticas de Proteção do
Patrimônio Cultural. Promovido pela Assembleia Legislativa de Minas
Gerais (ALMG) em Matias Cardoso, o evento integra o projeto Cidadania Ribeirinha
e contou com a participação dos deputados Adelmo Carneiro Leão (PT) e
Luiz Henrique (PSDB), além de prefeitos, vereadores, diretores de
escolas, professores e líderes comunitários. No total, participaram
cerca de 170 pessoas dos municípios de Matias Cardoso, Manga, Janaúba,
Itacarambi, Januária, Pedras de Maria da Cruz, Varzelândia, Montes
Claros e Belo Horizonte.
A coordenadora de paisagem cultural do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Mônica Mongelli,
descreveu o trabalho realizado pela instituição, desde 2008, na
identificação da diversidade natural, cultural e de patrimônio dos
municípios banhados pelo Rio São Francisco, desde a sua nascente até a
foz. Segundo Mônica, todo esse patrimônio deve ser valorizado e
preservado com a colaboração dos próprios municípios. “O ideal é a
preservação de forma compartilhada. Por isso, cada município deve se
fortalecer e também trabalhar na valorização desse patrimônio cultural”,
defendeu.A coordenadora do setor de patrimônio imaterial do Iphan-MG, Corina Moreira, explicou a importância da preservação das práticas sociais e expressões culturais presentes na vida dos moradores dos municípios ribeirinhos e da transmissão desse saber. Segundo Corina, para que esse patrimônio tenha continuidade, a participação da população é fundamental. O
educador e analista de gestão, proteção e restauro do Instituto
Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), Rodrigo
Faleiro, também destacou a importância da sensibilização das comunidades
para essa questão, ou seja, a necessidade da educação patrimonial.
“Algumas vezes, as pessoas nascem em uma comunidade, mas não possuem um
sentimento de pertencimento. Por isso, é preciso despertar essa ideia e
também promover a compreensão de que cada um é importante para a
preservação daquele bem” , opinou Rodrigo.
Dicas que fazem a diferença
Na parte da tarde, foi realizado um minicurso, ministrado pelo assessor jurídico da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, Frederico Bianchini. O objetivo foi abordar formas de preservar o patrimônio cultural que não necessitam de muitos recursos, como a criação de conselhos e fundos de patrimônio cultural, além de um setor específico para tratar do tema na prefeitura. “Apresento dicas simples que podem fazer a diferença para os municípios do norte de Minas. São mudanças de comportamento e de organização que permitem uma ação efetiva. Com simples ações é possível dar o primeiro passo para reverter a situação do patrimônio cultural local”, explicou.Frederico defende ainda que há, às vezes, falta de capacitação dos agentes. Segundo o assessor jurídico, não há falta de verba para o patrimônio cultural. “Existem vários fundos para captação de recursos, mas faltam bons projetos. Assim, muitas vezes, há sobra de verba por falta de conhecimento dos gestores” , pontuou.
Capacitação para construção de políticas públicas é um dos eixos do projeto
Na parte da tarde, foi realizado um minicurso, ministrado pelo assessor jurídico da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, Frederico Bianchini. O objetivo foi abordar formas de preservar o patrimônio cultural que não necessitam de muitos recursos, como a criação de conselhos e fundos de patrimônio cultural, além de um setor específico para tratar do tema na prefeitura. “Apresento dicas simples que podem fazer a diferença para os municípios do norte de Minas. São mudanças de comportamento e de organização que permitem uma ação efetiva. Com simples ações é possível dar o primeiro passo para reverter a situação do patrimônio cultural local”, explicou.Frederico defende ainda que há, às vezes, falta de capacitação dos agentes. Segundo o assessor jurídico, não há falta de verba para o patrimônio cultural. “Existem vários fundos para captação de recursos, mas faltam bons projetos. Assim, muitas vezes, há sobra de verba por falta de conhecimento dos gestores” , pontuou.
Capacitação para construção de políticas públicas é um dos eixos do projeto
A realização do seminário inaugura um dos eixos de atuação do
Cidadania Ribeirinha, que, segundo o coordenador do projeto, busca dar
apoio técnico a prefeituras e câmaras municipais no aprimoramento de
políticas públicas. "O momento é estratégico, pois as novas
administrações municipais estão no início do mandato", disse.
Além do seminário realizado em Matias Cardoso, estão previstos outros
três seminários, ainda sem data definida: sobre o tratamento do lixo,
em Pedras de Maria da Cruz; sobre o fomento ao turismo sustentável, em
Itacarambi; e sobre o planejamento municipal, em Manga. Serão promovidos
ainda debates e oficinas para contribuir com o aprimoramento do
planejamento municipal.
Promovido pela ALMG, o Cidadania Ribeirinha busca melhorar as
condições de vida da população de quatro municípios mineiros banhados
pelo Rio São Francisco, no Norte de Minas: Itacarambi, Manga, Matias
Cardoso e Pedras de Maria da Cruz. Esses municípios foram escolhidos por
apresentarem o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as
cidades banhadas pelo São Francisco em Minas Gerais.
Realizado desde 2011, o projeto busca promover ações em conjunto com a
população. A proposta é que, com o engajamento comunitário ativo, as
ações de preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e
valorização cultural sejam apropriadas e multiplicadas pelas populações
envolvidas.
Na abertura do evento, o deputado Adelmo Carneiro Leão (PT), que é um dos parlamentares idealizadores do Cidadania Ribeirinha, ressaltou a importância do projeto na capacitação das comunidades para que elas exerçam plenamente a sua cidadania. O parlamentar destacou também a relevância do projeto para que a Assembleia identifique formas de, cada vez mais, colaborar e intervir para a melhoria da qualidade de vida das populações ribeirinhas. “Ter cidadania é ter saúde, transporte digno, alimentação, condições de trabalho, informação, qualificação, educação, salários justos, acesso ao conhecimento e à história”, destacou.
Em sua fala, o deputado Luiz Henrique pontuou como a participação da população é relevante para a propagação do projeto nas comunidades e a importância histórica do município, que é considerado o marco inicial da colonização de Minas Gerais. Essa importância, segundo o parlamentar, é reconhecida com a instituição do Dia dos Gerais. A data é resultado da aprovação pela Assembleia de uma emenda à Constituição que determina a transferência simbólica da capital do Estado para Matias Cardoso, anualmente, no dia 8 de dezembro. A importância de Matias Cardoso como parte da história de Minas Gerais e o significado do Dia dos Gerais também foram destacados pelo prefeito de Matias Cardoso, Edmárcio de Souza Leal.
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